Reprodução: Marfrig Facebook
carne baixo carbono
Reprodução: Marfrig Facebook

Carne com baixo carbono se populariza do Brasil à Suécia

Indústria avança na suplementação de bovinos para reduzir emissões de gases de efeito estufa e popularizar as carnes com baixo carbono

Redação

em 28 de julho de 2022


As tecnologias na suplementação de bovinos têm evoluído na busca por reduzir as emissões de gases de efeito estufa da cadeia agropecuária, e isso já começa a se refletir nas prateleiras de supermercados. Uma rede de supermercados sueca chamada Coop, por exemplo, já oferece com destaque a carne bovina com “baixo metano”.

No Brasil e em outras partes do mundo, o alimento com zero ou baixo teor de emissão na cadeia produtiva da carne também já é realidade. A Marfrig, por exemplo, oferece desde 2020 a Marca Viva, com carne de carbono neutro. Segundo Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig na América do Sul, a carbono neutro condensa abrange metas dos escopos 1 e 2 de emissões do GHG Procotol, além de endereçar as principais metas do escopo 3, de acordo com as recomendações da Science Based Targets

Voltando à rede sueca de supermercados, é possível encontrar uma edição limitada de carne moída, lombo bovino e filé mignon com a bandeira de “baixo metano” na embalagem de lojas selecionadas. O alimento é proveniente de gado alimentado com algas vermelhas, um suplemento que visa reduzir a produção de metano no trato digestivo dos bovinos.

Segundo a Volta Greentech, uma startup sueca que cultiva algas marinhas, firmou parceria com a Coop para levar os alimentos ao mercado sueco.

As carnes são oferecidas em embalagem que apresenta o desenho de uma vaca mastigando algas marinhas e um texto em sueco explicando seus benefícios. A tradução do que está escrito seria: “O segredo? As vacas arrotam e soltam menos pum graças à nossa pré-adição de algas na dieta”.

Um bovino produz, em média, 100 quilos de metano por ano, e isso equivale à queima de mais de 3,4 mil litros de gasolina, já que o metano é cerca de 80 vezes mais poluente que o gás carbônico (CO2). Com o uso de algas marinhas em sua alimentação, é possível reduzir as emissões dos animais em 80% ou mais, segundo estudos de mercado.

Além da Marfrig e da rede de supermercados sueca Coop, outras marcas estão apostando na redução da pegada de carbono de seus negócios. A Ben & Jerry’s, por exemplo, está testando algas marinhas com alguns de seus fornecedores de laticínios para produzir seu sorvete.