SBTi aprova metas da Marfrig para limitar aumento da temperatura global

A Marfrig teve suas metas de redução de gases de efeito estufa aprovadas pelo Science Based Targets (SBTi). Dessa forma, a companhia se comprometeu à iniciativa internacional para limitar o aumento da temperatura global em até 1,5°C. Com isso, a companhia se tornou a única empresa de proteína no mundo a ter as metas aprovadas pelo SBTi. 

A iniciativa mobiliza as empresas a adotarem metas baseadas na ciência para a redução de suas emissões de gases de efeito estufa, impulsionando a transição rumo à economia de baixo carbono.

Metas de redução de emissões

Entre as metas assumidas pela Marfrig está a redução do nível de emissões de gases de efeito estufa nos escopos 1 e 2. O escopo 1 abrange emissões diretas, resultantes do processo produtivo, ou seja fruto da transformação das matérias primas em produtos. Além disso, o escopo 2 considera emissões indiretas associadas ao uso de energias (elétrica ou térmica), que a companhia utiliza nas operações .

E, no escopo 3, a Marfrig também avançou, propondo diminuir a intensidade das emissões (toneladas de CO2 /cabeça) em 33% até 2035. Esse escopo inclui o gás metano, emitido a partir da fermentação entérica do gado.

Como Marfrig vai cumprir as metas

Mais importante do que entender as metas, é ver as ações que a Marfrig vai tomar para torná-las realidade. Primeiramente, a redução de 68% de emissões nos escopos 1 e 2 será atingida por meio da alteração da matriz energética da empresa. Como no caso da operação nos Estados Unidos, que a companhia está substituindo o combustível da caldeira para biogás. 

Há também a utilização no Brasil de equipamentos com melhor eficiência energética, em substituição às caldeiras a óleo. Isso corresponde ao uso de fontes renováveis, como madeira e cavaco de origem de reflorestamento. A companhia também se comprometeu a aumentar as fontes de energia renovável dos atuais 30% para 100% até 2030.

Ao mesmo tempo, para atingir a meta do escopo 3, os esforços da Marfrig estão direcionados a aumentos na aquisição de animais de sistemas produtivos de baixa emissão de carbono (como o que associa lavoura, pecuária e floresta). Além disso, a companhia também recorre à nutrição animal para redução expressiva de emissões provenientes da fermentação entérica. 

Outro caminho é a inovação na melhoria genética, permitindo que os animais se desenvolvam mais rapidamente e com maior eficiência produtiva, o que reduz a quantidade de emissões de GEE na atmosfera.