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COP27: Agronegócio lança plano para reduzir aquecimento global

Agronegócio na COP-27: pacto organizado por Fórum Mundial Econômico e Forest Alliance coloca objetivos para reduzir aquecimento global

Redação

em 14 de novembro de 2022


Principais companhias do agronegócio mundial lançaram plano para o setor diminuir o aquecimento global. O pacto foi anunciado durante a COP27 e foi organizado pelo Fórum Econômico Mundial e pela Tropical Forest Alliance. O documento foi chamado de “Roadmap dos traders” e foi acatado não só pelo Estados Unidos e pelo Reino Unido, mas por gigantes produtoras de commodities como Bunge, Cargill e Marfrig. 

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As treze empresas de comércio e processamento agrícola que assinaram a declaração representam uma receita anual combinada de mais de US$ 500 bilhões e detêm participações de mercado significativas de commodities associadas à mudança no uso da terra, incluindo gado, cacau, óleo de palma e soja.  O objetivo é contribuir para ajudar a temperatura do mundo subir menos de 1,5°C. 

Agropecuária ao rumo aos 1,5

O pacto do agronegócio contra o aquecimento global é dividido em três grandes metas: acelerar a supply chain para reduzir as emissões do uso de terra; levar transformação aos campos produtores de commodityes; apoiar a mudança em favor das florestas na mudança do setor.

O sistema alimentar mundial contribui para 1/3 do total líquido das emissões de gases-estufa. Segundo o documento, o total deve reduzir em mais de 80% até 2050 para garantir temperaturas habitáveis na terra. “Um estudo recente demonstra que a conversão de habitats naturais associada à soja, carne bovina e óleo de palma é responsável por 40% a 50% de todas as emissões de gases-estufa relacionadas à mudança do uso do solo para agricultura”, diz o texto do comunicado.

Para a pecuária, o documento indica a necessidade de “agir o mais rápido possível para acabar com o desmatamento”. “Para fazer o progresso mais rápido, o setor priorizará esforços para acabar com o desmatamento ilegal porque é o principal fator de perda de floresta. Para acelerar o fim de todo o desmatamento de suas cadeias produtivas, em 2023 o setor pecuário priorizará esforços em parceria com organizações do setor privado e público para desenvolver incentivos e apoio técnico aos pecuaristas e melhorar os sistemas de monitoramento”, diz o documento.