Foto: Divulgação – Cubo Itaú
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Foto: Divulgação – Cubo Itaú

Cubo Agro aproxima agritechs do mercado

Aceleradora já tem mais de 130 iniciativas de inovação aberta com empresas de agronegócios

Redação

em 26 de junho de 2023


O agronegócio é uma das verticais do Cubo Itaú, uma associação sem fins lucrativos, baseada em São Paulo, que aproxima startups do mercado, por meio de um hub de inovação e empreendedorismo. Os números do Cubo Agro, que reúne as iniciativa para o segmento, resume porque o setor representa cerca de 10% das iniciativas da organização.

De acordo com Marcella Falcão, head of Investors do Cubo Itaú, o hub de agronegócios tem atualmente 130 iniciativas de inovação aberta com em várias corporações, ou seja, projetos em andamento ligados ao setor. Além disso, existem 40 provas de conceito (PoC), uma modalidade de teste em baixa escala, em andamento. 

O núcleo ligado aos agronegócios movimenta 2,5 profissionais engajados nas corporações e tem estabelecidas nada menos do que 400 conexões entre as agritechs, operando no Cubo Agro, com empresas do setor. 

Agritech para crédito de carbono

A Abundance é uma delas. Segundo Pedro Miranda, fundador e CEO da iniciativa, a startup foca no mercado de carbono a partir de iniciativas de reflorestamento. Um dos produtos da agritech é um criptoativo lastreado em árvores, que são tokenizadas e geram créditos de carbono. 

A startup tem um estoque de cerca de 200 mil árvores nativas e vende pacotes de 10 mil delas a US$ 10 cada. Uma das ações é manter e impulsionar o crescimento dessas florestas por um longo período, acima de 30 anos. 

Eduarda Olivia Schneider, criadora e CEO da Agricon, é outra voz empreendedora ativa no Cubo Agro. O modelo da startup é baseado numa plataforma blockchain, criando uma nova forma de comercialização de produtos agrícolas, ao conectar produtores rurais a compradores globais.

Com operação simples, a plataforma permite que o produtor rural registre seu um interesse de venda, ao mesmo tempo que o comprador global registra o interesse de compra. A partir do cruzamento dos dados, a Agricon junta as pontas e permite a negociação. 

Segundo Olívia, a Agricon, por meio de parceiros logísticos e operacionais, gerencia todo o processo de retirada do produto da propriedade rural até a entrega ao comprador global, fechando o processo.

Gestão de fazendas no Cubo Agro

Outra startup do Cubo Agro é a Aegro, com enfoque no gerenciamento operacional e financeiro de fazendas, uma área crítica para o agronegócio. Pedro Martins Dusso, fundador e CEO da startup, aposta em parcerias com o segmento para otimizar as tarefas de gerenciamento dos produtores rurais.

Dusso avalia que a tecnologia deve ser a moeda de troca nesse caso, uma vez que existe uma tendência de tomada de decisão cada vez mais baseada em dados. O agronegócio, de acordo com ele, não é exceção. A cultura data driven viabiliza decisões rápidas e mais assertivas e, na prática, pode aumentar rentabilidade e produtividade no campo. “A tecnologia digital será norma na agricultura e a agricultura será cada vez mais conectada”, resume o empreendedor.