Consumo de hambúrguer cresce em todas as regiões do mundo
Números mostram mercado mundial crescente, fato pra se comemorar no Dia Mundial do Hambúrguer.
O mercado global de hambúrgueres deve alcançar uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de 5,5% entre 2022 a 2030, na avaliação da empresa de pesquisa Data Intelo. O espiral de crescimento acontece em função de vários fatores, a começar pela demanda ascendente por fast food e pela mudança no estilo de vida dos consumidores. Hoje, existe até hambúrguer vegetariano.
No Dia Mundial do Hambúrguer, comemorado em 28 de maio, é interessante notar que a América do Norte domina o mercado global, em termos de participação na receita, mas a demanda pelo produto é mundial. Espera-se que os Estados Unidos, sendo o maior consumidor de hambúrgueres bovinos, dominem o mercado regional pelo menos até 2030.
Na Europa, o crescimento deve se manter constante, inclusive com o estímulo e crescimento da participação dos produtos à base de plantas, entre outros. Prevê-se que a Ásia-Pacífico seja um dos mercados regionais de crescimento mais rápido de 2022 a 2030, especialmente na Índia e na China, que têm aumentado a demanda por produtos de fast food, como hambúrgueres, cachorros-quentes, pizza e outros.
Em mercados entrantes, como os do Oriente, alguns fatores ajudam a entender o crescimento do hambúrguer na culinária, entre eles o aumento do rendimento disponível da população, a maior popularidade da comida ocidental, a urbanização crescente e as mudanças demográficas.
Independente das diferenças regionais, as estatísticas globais da consultoria especializada Technomic Inc mostram que cerca de 95% dos consumidores ativos comem hambúrguer pelo menos uma vez ao mês.
Tendências e crescimento do delivery

No Brasil, as hamburguerias estão se destacando entre os empreendimentos de food service. A Saipos detalhou essas tendências e apontou modelos de negócios que devem avançar no país. Antes de avançar, porém, a dica é entender as tendências de gastronomia que têm pautado o gosto do brasileiro, principalmente depois das mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19.
Dentre os tipos de empreendimentos mais procurados estão a hamburgueria artesanal, que não deve ser confundida com a gourmet, pois trabalha com insumos naturais e com uma produção diária. Já a hamburgueria gourmet usa ingredientes industrializados, de qualidade superior aos tradicionais.
O Smash Burger é outra tendência. Traduzido ao pé da letra, trata-se do hambúrguer achatado, processo que deixa a carne mais suculenta, saborosa e crocante. De acordo com o artigo da Saipos, trata-se de um produto com duas peças de carne, acompanhado de queijo derretido por cima.
A já citada hamburgueria vegana ou à base de plantas também é um movimento mundial. Mesmo para aqueles que trabalham com os hambúrgueres tradicionais, é interessante ter opções vegetais no cardápio, de forma a atrair diversos públicos, sem exclusão de preferências individuais.
A hamburgueria delivery fecha o rol de modelos de mercado, sendo uma opção tanto para quem tem um estabelecimento físico quanto para quem só quer empreender, sem precisar se preocupar com custos de aluguel, luz e móveis. O delivery é a modalidade que mais tem crescido no Brasil, devido à praticidade que o serviço oferece, tanto para o consumidor quanto para o empreendedor, avaliam os analistas.
Brasileira lidera produção mundial
Maior produtora global de hambúrgueres, a Marfrig tem ainda a fábrica mais moderna de industrializados dessa linha no mundo, inaugurada no ano passado no Mato Grosso do Sul. A unidade faz parte de um complexo em Bataguassu e vai incrementar a produção anual da Marfrig com 20 mil toneladas de hambúrgueres de carne bovina, totalizando uma capacidade de 242 mil toneladas do produto a cada ano.

Bataguassu irá produzir, sozinha, 2,4 bilhões de discos de hambúrgueres anualmente, segundo reportagem da revista Exame. Em termos de comparação, a quantidade seria capaz de encher 20 piscinas olímpicas. Ainda de acordo com a matéria, o lançamento mira a expansão da fatia de industrializados no portfólio do frigorífico. É o chamado valor agregado: como em toda indústria, um item que passa por uma transformação alcança um novo patamar de valor em comparação à matéria-prima in natura.
Segundo o CEO da companhia, Rui Mendonça, o hambúrguer é o item que mais cresce em demanda no Brasil: a venda desse tipo de produto no primeiro trimestre do ano passado, via serviços de aplicativo, atingiu 45 milhões de unidades. Traduzindo de outra forma, seria o equivalente a seis hambúrgueres vendidos por segundo no país.