grupo de trabalho rastreabilidade

Grupo de trabalho discute rastreabilidade bovina

Objetivo é propor diretrizes para a formação de uma política pública nacional de controle e comprovação da origem da carne produzida

Redação

em 25 de setembro de 2023


As atividades do Grupo de Trabalho de Rastreabilidade da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (MBPS) estão avançando, com a criação de um grupo de trabalho e realização das primeiras reuniões. O esperado é que, como resultado dos encontros, sejam produzidos subsídios e diretrizes para embasar uma política pública nacional com foco na rastreabilidade.

Uma minuta do Sistema de Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos no Brasil foi apresentada, em junho deste ano, pelo especialista em pecuária de corte, Rafael Lima Filho, e pelo coordenador de produção animal, João Paulo Francisco Silveira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O trabalho foi elaborado com o auxílio de produtores rurais e de outros especialistas.

A visão da CNA é que a adoção do sistema vai gerar inúmeros benefícios, entre eles: mais acesso a informações sobre os rebanhos, mais agilidade e precisão no controle sanitário, avanços em protocolos socioambientais e sistemas de produção, além da facilitação do acesso ao crédito rural.

Grupo de trabalho estuda vases para política pública de rastreabilidade

“Alguns aspectos apresentados pela CNA também estão sendo discutidos no grupo e estão em linha com o que estamos trabalhando, o que fornece uma base sólida para a formulação da política pública”, afirmou Aécio Flores, coordenador do grupo de trabalho, ao site Planeta Campo.

Um exemplo do que está sendo avaliado é a proposta de adotar o 076 GTA como referência de numeração oficial no monitoramento e rastreio de cada animal, desde o nascimento, em substituição às numerações próprias.

O desafio é construir um sistema de rastreabilidade que inclua atributos socioambientais. A expectativa é comprovar que a carne produzida é proveniente de áreas regulares, em conformidade com o Código Florestal Brasileiro, e atende a protocolos socioambientais e às exigências de mercados mais rigorosos.

Para isso, o grupo de trabalho de Rastreabilidade da Mesa Brasileira se propõe a identificar diretrizes que contribuam com a construção de uma política pública nacional, que seja útil, aplicável e promova o acesso dos produtores à numeração oficial e gratuita para a identificação individual do rebanho.

Outra exigência é que essa política abranja diversas dimensões da agropecuária brasileira. Para isso, devem ser consideradas as necessidades de toda cadeia de valor, com o objetivo de promover a sustentabilidade da pecuária no Brasil e no mundo.