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Hambúrguer responde por 36% do consumo de comida rápida no mundo

Preço atrativo, maciez da carne e facilidade de consumo fazem com o que hambúrguer seja o alimento de fast food preferido no planeta

Redação

em 3 de agosto de 2022


O mercado mundial de fast food atingiu US$ 862 bilhões em 2020, de acordo com o site Fortune Business Insights. As projeções indicam um crescimento combinado de 6% ao ano entre 2021-28, o que significa que o mercado deve atingir US$ 1,46 trilhão por ano, a partir de 2028. O segmento já vinha em constante expansão, mas ganhou novo impulso durante a pandemia, quando lanches para viagem, alimentos de conveniência e refeições prontas foram para o centro do consumo. Outra consideração é a demanda da geração millenials, que deve amplificar o consumo nessas redes ainda mais nos próximos anos. 

Na avaliação da Fortune Business Insights, o subsegmento de hambúrguer e sanduíche lidera o consumo de fast foods, respondendo por 36% da demanda. A liderança se explica pela popularidade desse tipo de alimento em todas as faixas etárias e também pelo seu custo, mais atrativo em relação a pizzas e massas. 

A presença de redes com grande penetração mundial é outro fator. O McDonalds, por exemplo, está em 119 países com franqueados e afiliados, e tinha cerca de 39 mil lojas em 2020. 

Em termos de países, os maiores consumidores são os Estados Unidos, que preferem lanches com carnes bem passadas ​​e com alface, picles, cebola e tomate. O resto do mundo prefere hambúrgueres com bacon e maionese, mas todas as nações asiáticas gostam de seus hambúrgueres locais. Sozinhos, os americanos devoram 4,5 mil hambúrgueres a cada minuto, ou 277 mil hambúrgueres por hora. Isso é quase seis milhões por dia e mais de dois bilhões por ano. 

Além dos Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido estão entre os países que são grandes fãs de hambúrgueres. Essas nações são conhecidas por consumir fast food, mas também por ter uma boa cozinha. Apesar de sua cultura própria de fast food, o Paquistão se destaca pelo hambúrguer shami, feito de cordeiro picado e lentilhas. O interessante é que a cultura do hambúrguer paquistanês se espalhou para outros países. Um exemplo é o México, hoje com várias redes nessa linha gastronômica.

Preço e facilidade de comer ajudam na popularidade

A resposta mais direta para a popularidade do hambúrguer é o seu preço. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles custam cerca da metade das entradas de um jantar. E sustentam tanto quanto um filé, além de geralmente serem acompanhados por uma pilha generosa de batatas fritas. Portanto, é uma opção econômica de alimentação. O hambúrguer à base de carne, por exemplo, faz parte do gosto de 73% dos americanos. 

De acordo com Adam Roberts, do blog Epicurius, além de barato, trata-se de um alimento fácil de comer. Como a carne é moída, o hamburguer responde por um dos principais aspectos para os apreciadores de carnes: a maciez. Além disso, como é servido em um pão, é fácil de ser manuseado. Também não há corte, apenas levantamento da mão para a boca e, como os hambúrgueres vêm com uma variedade de lados, é possível consumi-lo de forma personalizada. 

“Outro fator pode ser a familiaridade. Às vezes, quando saímos para comer, não queremos ser desafiados. Queremos o sabor do familiar e nada é mais familiar, pelo menos para os americanos, do que o sabor de um hambúrguer”, diz ele. “Especificamente o aspecto no exterior da carne depois de atingir a chama quente; esse cheiro e sabor específicos evocam lembranças de churrascos no quintal e festas de aniversário de nossa infância. É reconfortante”, completa.

Requisitos de qualidade do hambúrguer

Um ponto importante é que a maior parte das críticas sobre o hambúrguer está concentrada no cozimento, pão usado e nos molhos, mas não exatamente na carne em si, que é o principal e ingrediente do lanche popularmente conhecido como hambúrguer.

Alguns especialistas no preparo do prato lembram que o sabor da carne, o frescor do pão e as coberturas tornam o hambúrguer perfeito. Mas a carne do sanduíche deve ter uma boa queima para prender todos os sucos dentro. Ou seja: não se deve pressionar o hambúrguer durante a fritura ou assadura, pois isso libera todo o seu sabor e faz com que a carne seque e acabe desmanchando. 

Apesar das diferenças de opiniões, é bom lembrar também que um hambúrguer não é um bolo de carne. Ou seja, é importante ter carne moída de boa qualidade e temperos equilibrados. Uma prova de qualidade, entre tantas, é o produto que pode ser mordido sem que se desfaça. E aí está resumida toda a popularidade desse alimento.