internet no campo

Pequenos e médios também precisam de internet no campo

Avaliação é do CEO da operadora Metatelecom

Redação

em 9 de outubro de 2023


O acesso de conexão de telecomunicações de qualidade ainda é um desafio para os pequenos e médios agricultores. Para os especialistas, levar a internet e estabelecer uma comunicação de dados nas áreas rurais é o ponto de partida para o processo de evolução do setor. Um dos papéis chave nessa história é o das operadoras de telecomunicações, com destaque para as não tradicionais. E um dos focos seria o desenvolvimento de projetos de implantação de redes de fibra óptica aliadas às tecnologias de transmissão móvel.

Para Carlos Eduardo Sedeh, CEO da Megatelecom, o incentivo de maior conectividade em campo envolve a ampliação da infraestrutura nos locais mais remotos do Brasil e deve envolver também os produtores menores. “Eles são menores quando sozinhos, mas o grupo é grande e volumoso e com certeza irão impactar ainda mais positivamente o crescimento do PIB brasileiro, principalmente, se tiverem acesso à informação, trabalho com dados e ferramentas de precisão digital”, explica o executivo.

internet no campo
Carlos Eduardo Sedeh (Foto: Divulgação)

Sedeh traz dados que confirmam a importância da internet em campo. De acordo com a pesquisa do programa de gestão agroindustrial da FarmmOne, as lavouras com graus mínimos de automação podem impulsionar a produtividade em até 25% em comparação com aquelas que negligenciam a tecnologia. Além das colheitas, os ganhos se propagam para os rendimentos dos agricultores. Hoje, no Brasil, o desafio ainda é grande: mais de 70% das propriedades rurais ainda atuam sem conexão com internet ou utilização de ferramentas digitais. Os dados são do IBGE e se referem ao primeiro semestre de 2022.

Entre as potenciais aplicações estão a jornada da transformação digital, com uso diversificado de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) e agricultura de precisão. Essas ferramentas podem ser incorporadas aos maquinários agrícolas como tratores, plantadeiras e colheitadeiras, gerando dados em tempo real que otimizam o processo produtivo. Com esses dispositivos – na forma de sensores – os produtores rurais também podem monitorar as condições climáticas, prever potenciais pragas e até reduzir a aplicação de agrotóxicos.

O uso de drones, câmeras de alta resolução e ferramentas de inteligência artificial são outras etapas da jornada digital que os pequenos e médios produtores rurais podem ter acesso com a maior conectividade em campo. São tecnologias que possibilitam a detecção precoce de problemas, permitindo respostas mais ágeis e a mitigação de perdas na colheita, segundo Sedeh.