pecuaria net zero

Pesquisadores do Reino Unido identificam rota para pecuária net zero

Estudo no Reino Unido identificou que determinados animais podem ser menos propensos a desenvolver micro-organismos que favorecem a formação de metano.

Redação

em 23 de setembro de 2022


Um estudo no Reino Unido identificou que determinados animais podem ser menos propensos a desenvolver micro-organismos que favorecem a formação de metano, acelerando a pecuária net zero. O projeto, financiado pelo Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Ciências Biológicas (BBSRC) da Universidade de Edimburgo, é mais um passo da procura do setor agropecuário para diminuir as emissões de gases de efeito estufa na criação de bovinos. 

As pesquisas já têm destacado onde estão as ideias mais promissoras para reduzir as emissões da criação de ruminantes, principalmente da vaca. Boa parte dela se concentra no estudo do rúmen, o primeiro estômago do gado e onde a maioria dos carboidratos é quebrada. O estudo citado usou câmaras de gás especializadas para medir as emissões de metano de vacas individuais, comparando esses dados com os níveis de diferentes espécies de bactérias no rúmen.

Pecuária net zero pode estar só no começo

Os pesquisadores encontraram correlação direta entre o micróbio intestinal Archaea metanogenica com as emissões de metano. Eles também mostraram que a genética de uma vaca pode afetar diretamente o ambiente dentro do rúmen, tornando-o mais ou menos hospitaleiro para diferentes espécies de micro-organismos, incluindo o micróbio citado.

Isso levou à possibilidade de novas estratégias de reprodução que minimizem a criação desses micróbios. A ideia seria cruzar indivíduos que apresentem organismos menos hospitaleiros para esse micro-organismo em específico. Também há estudos para desenvolver novos aditivos alimentares ou probióticos.

O estudo realizado também mostrou que se os criadores de gado priorizarem a reprodução de bovinos com emissões mais baixas, aliado ao uso de aditivos alimentares que reduzem a criação de metano no processo digestivo, será possível ver uma queda imediata nas emissões do setor pecuário.