Projeto Lavoura de Carne realça alta performance da pecuária

Durante o 36º Show Rural Coopavel, Eduardo Madruga, médico veterinário, declarou que: “a Lavoura de Carne passa a ser uma necessidade, e não uma opção aos criadores de bovinos”. Segundo ele, esta é uma oportunidade para que a atividade alcance bons resultados. No entanto, a lavoura de carne deve ser gerida seguindo o modelo da lavoura de grãos. “É preciso investir em todas as etapas, cuidadosamente, para obter o melhor desempenho e retorno”, orientou o especialista.

É um projeto que vai de encontro com a prática de Integração entre a lavoura e a pecuária. De acordo com Madruga, é um projeto baseado em três importantes pilares: produtivo, financeiro e de gestão (financeira e de recursos dos principais insumos da propriedade rural).

O projeto Lavoura de Carne foi apresentado, em campo (em uma área de meio hectare, com oito animais e ocupada com milheto) durante o evento, com a proposta de mostrar, na prática, conceitos da agricultura de precisão, como foco na produtividade elevada e nas performances individuais por hectare ou alqueire. Como resultado, ao fim do ciclo, maior lucro, margem líquida, rotatividade e sustentabilidade na produção. 

A primeira etapa do projeto contempla a lavoura de pasto. Já a segunda, está focada no ganho de peso, e por fim, monitoramento de resultados.   

Lavoura de carne e a prática no campo

Para Augusto Mezzon, médico veterinário, ter um ambiente contínuo destinado a treinamentos sobre pecuária é essencial para o bom desempenho do projeto. “Estamos amadurecendo pontos da parceria, a fim de que o projeto funcione de forma ininterrupta, capacitando técnicos e pecuaristas e melhorando a performance da atividade em toda a região”.

Um dos incentivos à parceria no Lavoura de Carne, no Oeste do Paraná, por exemplo, é a genética animal avançada e a fertilidade do solo. Em suma, essas qualificações reúnem as condições necessárias para a expansão e o êxito do método. 

De acordo com o veterinário, os projetos apresentam uma lucratividade média de 28% a 35% na terminação e entre 60% e 66% na recria. Para ele, outro fator determinante para o sucesso da técnica está associado à análise e correção do solo, além do uso de sementes de qualidade, suplementação focada em desempenho e medição com monitoramento e resultado.