reconhecimento facial gado

Reconhecimento facial também pode ser usado em gado

Tecnologia pode melhorar a saúde do rebanho e a produtividade dos produtores, apontam pesquisadores

Redação

em 28 de junho de 2023


Quem pensa que a tecnologia de reconhecimento facial está restrita aos humanos, pode rever os seus conceitos. Pesquisadores dos Estados Unidos e da Austrália estão adaptando a inteligência artificial (IA) para ajudar a monitorar o bem-estar e o tratamento dos animais, usando, entre outros recursos, drones que captam imagens dos animais no campo e as correlacionam aos seus estados emocionais. Cada animal é identificado por suas impressões digitais exclusivas, segundo reportagem do site Modern Farmer

Com base na tecnologia de sensoriamento remoto atual, os pesquisadores desenvolveram algoritmos que dependem de câmeras não-invasivas e aprendizado de máquina para ajudar os agricultores a identificarem animais e a monitorarem sua biometria (frequência cardíaca, temperatura corporal, entre outros), reunindo informações críticas sobre o volume e qualidade do leite, estresse calórico e bem-estar geral.

O objetivo é ajudar os produtores a tomarem decisões mais inteligentes, detectarem doenças mais cedo e fortalecerem o bem-estar do rebanho.

Tecnologia viabiliza testes menos invasivos

reconhecimento facial gado
Foto: Reprodução/ iTRAKassets/ Modern Farmer

Normalmente, os testes de bem-estar animal são invasivos e usam recursos como exames de sangue e sensores de contato implantados, que podem ser estressantes para os animais.

Outros aspectos contra os testes invasivos são o preço e o tempo de resposta. As avaliações visuais não invasivas, feitas por humanos, também precisam ser analisadas com cuidado e têm opiniões contrárias. A lista inclui a necessidade de as análises serem feitas por especialistas treinados.

O “pulo do gato” dos novos métodos é que estamos falando de ferramentas digitais – como sensoriamento remoto, energia térmica infravermelha e IA – que automatizam esses exercícios, limitando o impacto ao próprio rebanho (o que pode influenciar os resultados), reduzindo o potencial de erro humano e permitindo um monitoramento mais consistente de grupos maiores de animais.

A coleta de dados pode ser feita enquanto os animais se movem pelos cochos ou pisam em veículos de transporte e leva menos de 10 segundos para ser executada. Entre os requerimentos estão um hardware básico, como câmera ou smartphone com aplicativo de assinatura. Na prática, a nova tecnologia é uma atualização nas etiquetas auriculares ou RFID, que podem cair ou ser trocadas.