flexitarianos no brasil

Um terço dos brasileiros se definem como flexitarianos

Pesquisa mostra que flexitarianos estão crescendo no Brasil, além disso, aumenta procura por proteína vegetal para substituir a carne

Redação

em 13 de janeiro de 2023


Quase um terço dos brasileiros se definem como flexitarianos, ou seja, gostam de comer menos carne e mais vegetais.  Pesquisa realizada pelo The Good Food Institute Brasil mostra que mostrou que muitas pessoas no Brasil estão escolhendo comer menos carne, mas não parar completamente.

Em entrevista à Forbes, a diretora de engajamento corporativo do GFI Brasil, Raquel Casselli, disse que há espaço para o mercado de proteínas alternativas à base de plantas, ou plant-based. Praticamente dois em cada três consumidores (65%) consomem alguma alternativa vegetal (legumes, grãos, frutas), em substituição aos produtos de origem animal pelo menos uma vez por semana, enquanto em 2020 esse percentual era de 59%.

Carne em foco

flexitarianos no brasil

“Esses dados evidenciam a predominância de uma alimentação focada na redução e não na eliminação completa da carne bovina, seja por motivos pessoais, como saúde, ou por fatores externos, como preço”, indica o documento

Em 2020, 25% dos brasileiros estavam colocando menos quantidade de carne no prato. Hoje, 41% adotam esse hábito. Apesar de não terem crescido expressivamente, as outras estratégias de redução (como a de tirar a carne de alguma refeição no dia ou de determinado dia da semana) são adotadas por 26% dos brasileiros.

Olhando para os próximos doze meses, do total de entrevistados, 56% pretendem manter seu consumo de carne no atual patamar, enquanto 37% têm intenção de reduzir e apenas 7%, de aumentar, como indica a interpretação do CapitalReset

Onívoros e flexitarianos

flexitarianos no brasil

De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados definem sua alimentação como onívora, outros 39% percebem que há alguma redução ou exclusão de alimentos de origem animal. Quem lidera esse grupo é o sexo feminino, uma vez que 31% das mulheres afirmam se alimentar dessa forma (contra 26% dos homens). Vegetarianos e veganos são 4%.

Notadamente, os dados apontam que consumidores que já passaram por uma redução do consumo de carne (independentemente do motivo inicial) tendem a querer manter esse nível mais baixo ou a reduzir ainda mais. Por exemplo, entre os consumidores que definem a própria dieta atual como flexitariana, 60% querem reduzir o consumo de carne nos próximos 12 meses.

Os vegetais são a escolha de 35% para substituir as carnes, uma queda em comparação com 2020. Já as carnes vegetais são escolhidas por 17% dos brasileiros, alta próximo aos 6% de 2020. Brasileiros da classe A, flexitarianos e pescetarianos apresentam maior tendência a substituir a carne animal, principalmente por carne de origem vegetal.