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Agro catarinense: dados e curiosidades sobre a produção bovina no estado

Um dado curioso revelado pelo IBGE é que existem mais bois do que pessoas no Brasil

Redação

em 18 de janeiro de 2024


De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Censo 2022 revelou que a população do Brasil chegou a 203 milhões de pessoas. Por outro lado, a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), também do IBGE, declarou que o efetivo bovino atingiu 234,4 milhões de cabeças ao final de 2022. O agro catarinense está em evolução e apresenta dados. Além disso, apresenta curiosidades sobre setor no Brasil. Sim, existem mais bois do que pessoas no país. 

Apesar disso, em Santa Catarina (SC), essa realidade muda um pouco. São 7,6 milhões de pessoas e somente 4,4 milhões de cabeças no campo. Ainda assim, o estado tem bom desempenho no que se refere ao mercado de venda de carne in natura (tanto para o consumidor interno quanto para o externo). Já a produção de leite é destaque, sendo uma das principais atividades relacionadas à cadeia no estado. 

Para a Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB), a cadeia produtiva do leite padece de um pouco mais de atenção, afinal é ela quem mantém a geração de emprego e a manutenção econômica de inúmeras famílias no campo. A ordenha do leite e a produção de itens relacionados, como queijos, por exemplo, fomentam a cadeia produtiva. 

Confira algumas curiosidades e dados do agro catarinense

Principais raças de bovinos em Santa Catarina

Vacas Jersey

Holandês e Jersey são as principais raças produtoras de leite no estado. A ACCB é a detentora da emissão de Registro Genealógico em todo território catarinense, por isso fomenta o serviço de Controle Leiteiro Oficial e Classificação Linear das Raças.

Apesar disso, entre os meses de janeiro e setembro, acontecem os leilões de touros em Santa Catarina. As raças mais procuradas em 2023 foram: Angus, Braford, Brahman, Brangus, Charolês, Devon, Hereford, Limousin, Nelore e Simental.

A produção em Santa Catarina

Entre os meses de janeiro e agosto (2023), aproximadamente 395,5 mil bovinos em Santa Catarina foram abatidos. No comparativo com 2022, isso repesenta uma redução de 4,2% da atividade, segundo dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), sistematizados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), divulgados no Observatório Agro Catarinense. A produção catarinense de leite representa 9,1% da produção nacional, num cenário de 3,2 bilhões de litros produzidos em 2022, segundo o IBGE.

Exportação

Até o final de agosto (2023), o estado de Santa Catarina exportou cerca de 790,6 toneladas de carne bovina, totalizando US$ 2,8 milhões. Apesar do número expressivo, de acordo com a Epagri, há o registro de queda. 

Segundo informações da Cidasc, Santa Catarina abriga 234 mil propriedades agropecuárias, com 187 mil destinadas à criação de bovinos. Sobre o efetivo de rebanhos bovinos eram 4,4 milhões de cabeças ao final de 2022, sendo 74,3% dos animais eram fêmeas e 25,7% machos.

Distribuição regional

A produção bovina acontece em todos os lados do estado catarinense, mas a maior concentração está no planalto Serrano e Meio Oeste.

O que falta em SC?

Para a ACCB, falta muita coisa para elevar a produção bovina em Santa Catarina. A redução de notícias falsas sobre a produção leiteira é uma delas. O produtor rural catarinense investe também no conforto e bem-estar dos animais.

Além disso, a garantia de um preço mínimo e freio nas importações de leite dos países vizinhos do Mercosul são pedidos antigos da ACCB ao governo. “É preciso importar somente se de fato for necessário para atender à demanda, por escassez interna. Quando importado do Conesul, que seja obrigatoriamente identificado no rótulo, garantindo a rastreabilidade”, justificou Enedi Zanchet, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Bovinos.

Tecnologia para o monitoramento de raças e melhoramento animal

A tecnologia está entrando no campo e esse é um caminho sem volta. Os softwares estão ganhando cada vez mais espaço nas propriedades rurais e, na maioria dos casos, estão contribuindo efetivamente na gestão das fazendas. Além disso, concentram informações para a tomada de decisão sobre o manejo, a nutrição, a reprodução e o gerenciamento financeiro da fazendo. 

No que diz respeito ao melhoramento animal, o mercado já conta com o apoio de biotecnologias (que são usadas para rebanhos de alto padrão genético), para Inseminação em Tempo Fixo (IATF), para Transferência de Embriões (TE) e Fertilização In Vitro (FIV).

A nutrição animal também é beneficiada pela tecnologia

No mercado de nutrição os avanços em desenvolvimento de novos sistemas aprimoram as pastagens, mesmo nas diversas regiões brasileiras. Outro ponto beneficiado pela tecnologia é a suplementação direta aos bovinos.

Apesar disso, quando se trata de pequenos produtores, a maioria depende de subsídios para melhorar o desempenho produtivo.