Foto: Wenderson Araujo/Trilux via Flickr CNA Brasil
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Foto: Wenderson Araujo/Trilux via Flickr CNA Brasil

CNA divulga posicionamento do setor agropecuário para a COP 28

Para o presidente da CNA, o Acordo do Clima deve ser fundamentado na importância do papel do setor agropecuário

Redação

em 9 de novembro de 2023


João Martins, atual presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgou, recentemente, o posicionamento do setor agropecuário para a COP 28. Durante evento na sede da instituição, em Brasília (DF), ele entregou um documento assinado pela entidade, que aborda estratégias para redução de emissões de gases de efeito estufa e compromissos com a segurança climática, para Carlos Fávaro, ministro da Agricultura. Também participaram do evento Luiz Alberto Figueiredo, embaixador extraordinário para Mudanças Climáticas do Ministério das Relações Exteriores, Ana Toni, secretária nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e Tereza Cristina, senadora da República.

O documento da CNA divulga os compromissos do setor agropecuário nacional para a COP 28. O material contou com a contribuição de produtores rurais de diversos estados brasileiros, além do posicionamento de Federações estaduais de agricultura e pecuária, representantes do governo e de sindicatos rurais.

Para Martins, é necessário destacar a importância da agropecuária brasileira nas negociações sobre o Acordo do Clima. Outro ponto importante para a CNA é como o agro pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa, garantindo a segurança climática, alimentar e energética.

O setor agropecuário na COP 28

Para o presidente da CNA, o Acordo do Clima deve ser fundamentado na importância do papel do setor agropecuário, com as devidas obrigações e benefícios que resultam do compromisso. “Nossa agropecuária tem grande potencial para manter positivo o balanço de emissões. Não só para garantir o desenvolvimento próprio, mas para ações globais que incluem benefícios compartilhados, que são providos por grande parte do agro brasileiro”, declarou Martins, durante a solenidade de entrega do documento elaborado pela CNA.

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João Martins (Foto: Wenderson Araujo/Trilux via Flickr CNA Brasil)

De acordo com ele, a CNA apoia todos os esforços brasileiros para cumprir os objetivos do acordo global sobre as mudanças climáticas. Segundo Martins, isso deverá pautar o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma global, durante as próximas décadas. O presidente da CNA ainda ressaltou o desafio de promover o crescimento econômico, aliado à segurança alimentar e energética. 

“O exercício pleno do potencial brasileiro para cumprir uma das metas mais ambiciosas de redução de emissões exige a definição de uma estratégia clara e transparente, que concilie segurança alimentar e energética à segurança climática”, afirmou Martins, durante o evento. 

Para ele, a agropecuária precisa ser reconhecida como base do esforço de adaptação e mitigação.

Posicionamento brasileiro

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Ana Toni (Foto: Wenderson Araujo/Trilux via Flickr CNA Brasil)

Ana Toni, secretária nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, contou, durante o evento, que a proposta brasileira que será levada para a COP 28 “é a do Brasil provedor de soluções climáticas globais em todas as suas áreas, na agricultura, no reflorestamento, nos produtos de baixo carbono, nas energias renováveis, desse Brasil que é a solução para o mundo”.

Carlos Fávaro (Foto: Wenderson Araujo/Trilux via Flickr CNA Brasil)

Já Carlos Fávaro, ministro do Meio Ambiente, destacou o papel dos produtores na preservação. “Sabemos das nossas responsabilidades e não serão falácias ou retóricas que vão impor embargos econômicos ou dificuldades aos nossos produtores”, ressaltou.