Embalagem sem plástico promete preservar mais alimentos e o meio ambiente

Um revestimento vegetal para embalar alimentos está sendo desenvolvido para substituir o plástico, feito a partir do petróleo e, portanto, mais poluente. Além disso, o revestimento biodegradável promete ser benéfico à saúde, por possuir propriedades antibactericidas, como divulgado pelo site InHabitat, a partir de conteúdo do Laboratory Equipment. 

Na prática, o produto funciona como uma solução borrifada diretamente nos alimentos, promovendo maior proteção durante o transporte. “Perguntamos a nós mesmos: podemos projetar embalagens de alimentos com a função de prolongar a vida útil e reduzir o desperdício, aumentando a segurança alimentar? E o que criamos é uma tecnologia escalável, que nos permite transformar biopolímeros, como parte de uma economia circular”, afirmou Philip Demokritou, diretor do Centro de Pesquisa de Nanociência e Materiais Avançados da Rutgers University, coautor do estudo.

Embalagem sem plástico

O cientista disse não ser contra o uso de plástico, mas contra a embalagem produzida a partir de matéria-prima fóssil, porque apenas uma parte dela pode ser reciclada. Segundo ele, nos últimos 60 anos, cerca de 6 bilhões de toneladas de plástico produzido a partir de petróleo foram lançadas no meio ambiente e esses minúsculos fragmentos estão entrando na água e comida que consumimos e no ar que respiramos. 

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A tecnologia utilizada para produzir a solução vegetal extrai polissacarídeos à base de fibras presentes na maioria dos carboidratos, que são aquecidas em um equipamento semelhante a um secador de cabelo. A partir daí, os cientistas entrelaçam as fibras e as encolhem, a ponto de deixa-las na forma apropriada para envolver qualquer tipo de alimento. 

De acordo com o InHabitat, um dos principais benefícios da embalagem é que, uma vez enrolado na comida, ele permanece resistente, protegendo o conteúdo de machucados. Além disso, por conta das suas propriedades antimicrobianas, ela é uma opção adequada para o transporte de alimentos. O novo produto contém agentes que podem combater contaminantes como as bactérias E. Coli e Listeria.

O resultado dessa pesquisa foi publicado no Journal of Nature Food. Ela foi conduzida em parceria com cientistas da Universidade de Harvard.