acido folico

Fígado bovino é “sinônimo” de ácido fólico, dizem os especialistas

Vitamina do grupo do complexo B contribui para a saúde do sistema imunológico e pode prevenir doenças como câncer e demência, entre outros benefícios

Redação

em 2 de dezembro de 2022


Também conhecido como folato e vitamina B9, o ácido fólico faz parte do complexo B e participa de  várias funções no organismo, principalmente na formação das células responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento humano. O folato é importante para o funcionamento do sistema nervoso em todas as idades e há algumas evidências de seu envolvimento no envelhecimento cerebral, especialmente no humor e na função cognitiva. Ele também contribui para a saúde do sistema imunológico e pode prevenir doenças como câncer e demência. 

Uma busca rápida na internet mostra que o ácido fólico tem sido indicado indicado para vários tipos de situações, desde gestantes até a aplicação em processos de rejuvenescimento. E também há uma ampla literatura médica mostrando que a deficiência dele pode causar problemas como anorexia, náuseas, vômitos, diarreia e ulcerações orais. 

Tecnicamente, a vitamina B9 está presente nos alimentos na forma de conjugados de folato, que são hidrolisados (quebrados) no intestino, por ação de uma peptidase (enzima) dependente de zinco. Logo, se houver deficiência do zinco, a absorção do ácido fólico pode ser comprometida.

A sua biodisponibilidade (percentual de aproveitamento pelo organismo) varia de 40% a 80% e, quando na forma livre, o ácido fólico é absorvido por transporte ativo no duodeno ou jejuno (ambos parte do intestino delgado).

Fontes ricas em ácido fólico

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Se a fonte da vitamina for láctea, o folato apresenta-se conjugado a uma proteína, o que aumenta a sua biodisponibilidade e absorção pelo íleo (parte final do intestino delgado). 

Na prática, o ácido fólico pode ser encontrado em vários tipos de vegetais e a lista é puxada pela lentilha, feijão cozido e espinafre, nessa ordem. Também são fontes da vitamina B9 a ervilha, o brócolis e o laranja. O campeão de ácido fólico entre os alimentos, todavia, é o fígado, tanto bovino quanto o de aves.

O fígado bovino é a segunda maior fonte potencial de ácido fólico (depois das galinhas). Além disso, em apenas 100 gramas de fígado bovino, consegue-se obter 50% da necessidade diária de proteínas. 

Uma porção de fígado também pode conter 43% dos requerimentos de ácido fólico, segundo o Instituto Linus Pauling, que aponta o componente como crítico no metabolismo de carboidratos, ácidos nucleicos e aminoácidos. O seu consumo, na verdade, funciona como um combo de vitaminas, pois mais de 130% dos requerimentos diários de riboflavina estão contidos em uma única porção de fígado, entre outras demandas.

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Fígado bovino tem muito mais que ácido fólico

Mais da metade da quantidade requerida de niacina (vitamina B3) está presente em uma porção de 85 gramas de fígado bovino, também. A niacina suporta os sistemas digestivo e nervoso, além da pele e, assim como outras vitaminas do complexo B, ajuda a produzir energia para o corpo.

No gado de corte, o ácido fólico é um dos compostos benéficos do fígado, ao lado de outras vitaminas do complexo B e de minerais como selênio, cobre e zinco. Mesmo com um alto grau de colesterol e gorduras saturadas, o fígado é tão rico em outros nutrientes benéficos que continua sendo considerado um alimento saudável.

É importante lembrar que as vitaminas B e seus compostos – incluindo folato, riboflavina e niacina – são todas vitais para a produção de energia. As vitaminas B12, B6 e o folato transformam a homocisteína, que está associada com o riscos de ataque cardíaco e derrames, entre outros males. 

Ácido fólico também para a saúde dos bois

Os especialistas destacam que as vitaminas são responsáveis pelo controle de muitos processos metabólicos nas dietas de bovinos de corte. No caso das pertencentes ao complexo B, como o ácido fólico, elas são de fundamental importância para os micro-organismos ruminais, pois participam de muitas reações bioquímicas em seu metabolismo. E mais: como as vitaminas do complexo B são hidrossolúveis, suas absorções ocorrem de maneira simples, sem a necessidade de sais biliares.