Foto: Reprodução/Site MFG Agropecuária
tecnologia na agropecuaria brasileira
Foto: Reprodução/Site MFG Agropecuária

MFG se torna case em tecnologia na agropecuária brasileira

O notável salto tecnológico no confinamento da MFG elevou a empresa ao patamar de uma das mais tecnológicas da pecuária brasileira

Redação

em 3 de outubro de 2023


Um levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) revelou que, ainda em 2008, cerca de 700 mil cabeças de gado foram levadas ao cocho. A novidade é que em 2022 esse número saltou para 7 milhões de animais. O estudo, feito com dados de benchmarking de grandes empresas do setor, revelou que o ganho médio diário (GMD) evoluiu de 1,060 kg/dia para 1,660 kg/dia. O dado foi registrado nas dependências da MFG Agropecuária, grupo que possui seis confinamentos no Brasil e que vem usando a tecnologia a favor da agropecuária brasileira. 

Uma notícia dessas não é tão comum assim, mas mostra a importância da pecuária intensiva. O crescimento deve-se a uma nova visão do negócio, que coloca o investimento em tecnologia de ponta norteando todo o processo, com ferramentas de gestão que permitem melhor manejo, nutrição, genética, sanidade, gestão e logística. 

A Fazenda São Marcelo, no Mato Grosso, conta com cochos e bebedouros eletrônicos que possibilitam o monitoramento da alimentação em tempo real. Também em São Marcelo são concentradas as pesquisas do grupo com aditivos naturais, que sugerem à MFG Agropecuária a substituição gradual dos antimicrobianos. Uma ação tecnológica que resulta em uma técnica bastante interessante para mitigação de gases de efeito estufa, causadores das mudanças climáticas.

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Outro experimento acontece simultaneamente na Fazenda São Marcelo. Trata-se da exposição do gado à luz artificial no início da noite. O objetivo é medir o impacto no consumo alimentar dos bovinos, mas esta experimentação ainda está em andamento, assim como a pesagem 3D, que está em processo de validação. A técnica é o que existe de mais avanço em relação a pesagem bovina. Ela utiliza câmeras 3D, um projetor de raios infravermelhos e um leitor conectado via bluetooth e wi-fi, para pesar o gado. 

Para Vagner Lopes, gerente corporativo de Confinamento Sênior da MFG Agropecuária, a empresa se tornou um case em tecnologia na agropecuária brasileira quando investiu na melhoria do sistema de confinamento. “O sistema de confinamento evoluiu muito e podemos dizer que, hoje, a MFG Agropecuária é uma grande aliada da pecuária brasileira, ao torná-la mais intensiva e lucrativa, além de melhorar a qualidade para o consumidor final”, completou.

Tecnologia no confinamento do gado

tecnologia na agropecuária brasileira
Foto: Divulgação – MGF Agropecuária

A tecnologia está presente em todas as atividades realizadas pela MFG. Por isso, os confinamentos do grupo estão entre os mais modernos do mundo, sendo que a nutrição colabora com isso. Segundo Lopes, os últimos cinco anos foram primordiais para a performance do grupo, que atingiu eficiência biológica acima da média. A empresa saltou de 83 mil cabeças confinadas em 2018, para 215 mil, em 2022.

Os animais recebem três tipos de dieta, que variam de acordo com a evolução do gado. Duas são para adaptação ao sistema intensivo e uma terceira, específica para terminação. Nessa etapa o teor de volumoso é reduzido para 7%. 

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Assim como as dietas são específicas, as rações variam de acordo com cada região. No estado do Mato Grosso, por exemplo, o alimento fornecido tem grande concentração de milho, algodão, soja e silagem. Apesar do grupo contar com um funcionário para fazer a leitura de cocho durante o dia e à noite, de forma motorizada, são os drones que ganham a atenção, uma vez que eles estão sendo testados para a realização desta mesma tarefa.

O bem-estar animal também é considerado na gestão das unidades. Algumas contam com arborização natural, outras com sombrites, coçadores e aspersores (para controlar a poeira). Todas as unidades de confinamento de gado contam com cochos abertos, onde os bovinos passam por rigoroso controle sanitário. Animais vindos de outras fazendas (com distâncias superiores a 300 km), recebem isotônico na água para que possam se recuperar da viagem.

Gestão e tecnologia na agropecuária brasileira

Acompanhando o movimento tecnológico da MFG na agropecuária brasileira, a gestão das propriedades é baseada em dados, principalmente no que diz respeito à tomada de decisão. 

A propriedade conta um painel de “BI” (Business Intelligence), o SigAgro. Ele é o grande responsável por emitir relatórios dos lotes, por exemplo. Com o esquema de pesagem 3D, eles ficarão ainda mais completos, uma vez que a integração com as câmeras de pesagem seja concluída.

Além disso, o sistema reúne outros 15 indicadores de nutrição, desempenho zootécnico, sanidade e dados operacionais. Como todos os indicadores possuem metas, o painel BI permite a melhora contínua sobre os resultados do confinamento. Outro ponto importante é que ele identifica os gargalos de cada unidade. 

“As ferramentas gerenciais que usamos evitam a ‘comoditização’ do serviço de engorda, diferenciando-nos no mercado. Procuramos sempre municiar o pecuarista com informações exclusivas sobre o desempenho de seus animais”, explicou Lopes.