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Mosaico do Agronegócio discute desafios para as atividades rurais

Evento reuniu especialistas, produtores e técnicos da área para discutir maneiras de avançar na produção sustentável no RS

Redação

em 19 de julho de 2023


A 5ª edição do Mosaico do Agronegócio, apresentada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS),  aconteceu entre os dias 19 e 21 de julho, no Wish Serrano Resort, em Gramado (RS). Os organizadores contabilizaram a presença de cerca de 600 pessoas, para acompanhar três painéis de debates e sete palestras com especialistas da área. Com entrada gratuita, os participantes puderam imergir em temas como tecnologia e inovação, mercado e sustentabilidade e pessoas e gestão.

O maior encontro de pecuaristas e agricultores do Sul do Brasil teve como objetivo reunir produtores e especialistas do setor para expor e debater maneiras de avançar na produção, de forma a impactar menos e garantir a sustentabilidade. Para isso, foram discutidos temas como boa gestão, integração lavoura-pecuária e uso de recursos tecnológicos no campo.

No segundo dia do evento houve participação da Marfrig, com palestra do diretor de Sustentabilidade e Comunicação, Paulo Pianez, sob o tema “Produtor, indústria, varejo e consumidor: construindo a trilha da sustentabilidade”. O executivo pontuou que não existe produção sustentável, em qualquer âmbito, se ela não for, também, produtiva e rentável. “Nosso objetivo deve ser alcançar uma produtividade sustentável sim, mas ela precisa ser lucrativa ao mesmo tempo. Temos de fazer as duas coisas caminharem em conjunto para dar certo”, disse ele, conforme publicou o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS).

Mosaico do Agronegócio no momento adequado

O Rio Grande do Sul enfrentou, nos últimos três anos, períodos de estiagem severa, o que preocupa, principalmente, os produtores rurais da região. Segundo o professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE-USP), Pedro Côrtes, em entrevista para a CNN Brasil, a explicação para esses acontecimentos está, entre outros fatores, na manifestação do La Niña. 

“Desde meados de 2020, o Rio Grande do Sul vem enfrentando, com diferentes intensidades, essas estiagens. Isso se deve ao fenômeno La Niña. Não é um evento normal, tivemos dois La Niñas na sequência, e isso tem levado a perdas na safra de soja e milho, pelo segundo período consecutivo, em diversos casos”, explicou Côrtes.

O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, ressaltou a relevância do evento em meio ao momento em que o estado passa por oscilações climáticas e produtores buscam maneiras de conter riscos e manter suas atividades lucrativas. “Passamos por uma das maiores secas da história no Rio Grande do Sul. Isso faz com que produtores rurais precisem ter ainda mais cuidado. É importante reunir conhecimentos que permitam que seus negócios resistam a essas variações na atividade rural”, disse Condorelli.