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Nanobolhas podem reduzir custo de tratamento de água no agro

Empresa irlandesa inova com tecnologia que reduz custo de insumos

Redação

em 29 de janeiro de 2024


A startup irlandesa NanobOX ganhou destaque pela inovação em desenvolver uma tecnologia para o tratamento de água na agricultura e na aquicultura, usando nanobolhas. Com a técnica, é possível aumentar o rendimento dos processos e reduzir custos, conforme reportagem do site de negócios Business Wire. A empresa contabiliza, inclusive, vários estudos de campo na Europa, América do Norte e Ásia.

De acordo com a publicação, o arejamento com nanobolhas pode ser implantado para reduzir significativamente os custos de energia e melhorar o desempenho em qualquer bioprocesso que exija adição de oxigênio à água, incluindo tratamento de águas residuais, biorreatores industriais e remediação ambiental.

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Entenda a tecnologia

Ilha flutuante para geração de nanobolhas movida à energia solar (Imagem: Reprodução/NanobOx)

Explicando: as bolhas são usadas em uma ampla variedade de indústrias para dissolver gases na água. Quanto menores as bolhas, melhor elas transferem o gás para a água, porém os custos sobem. O diferencial da NanobOX é gerar nanobolhas com menos energia do que a necessária para alimentar uma lâmpada, em nível menor do que as tecnologias concorrentes atuais.

Isso acontece porque a startup criou uma tecnologia que produz as nanobolhas exclusivamente a partir do ar enriquecido com oxigênio, proporcionando uma eficiência de transferência de oxigênio de 90%, em comparação com menos de 20% de eficiência da aeração convencional.

Segundo a startup, outra vantagem da tecnologia é ser mais eficiente do que os recursos atuais. O método consegue, entre outras coisas, manter a concentração de oxigênio dissolvido na água, o que é fundamental para quase todos os processos biológicos controlados.

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No ano passado, a startup recebeu um financiamento de primeira rodada de US$ 1 milhão, viabilizado pelo consórcio liderado pela The Yield Lab, investidor internacional em tecnologia agroalimentar, e com participação da DeepIE Ventures e da Growing Capital. Este financiamento permitirá à empresa concluir testes de campo na agricultura e aquicultura, com o objetivo de vender comercialmente sua tecnologia ainda em 2024.