Especialistas mostram como promover o aumento da sobrevivência de bezerros

De acordo com o site Boi Saúde, a média nacional de mortalidade em bezerros, até o momento de desmame, é em torno de 8%. Esse índice cai pela metade na fase que envolve o pós-desmame, até o fim do ciclo. Uma conta rápida indica que o pecuarista que faz o ciclo completo, de cria, recria e engorda, pode perder 12 de cada 100 animais na jornada. Tais números, no entanto, podem ser menores, na avaliação de especialistas.

O aumento da sobrevida de bezerros pode incluir cinco ações, cuja lista começa o fornecimento de alimentação específica no período pré-parto. Essa iniciativa permite que a mãe chegue até o parto com todos os nutrientes necessários e, é claro, gere bezerros saudáveis. Na hora do parto – um segundo ponto de atenção – deve-se observar a janela de quatro horas, que se não for cumprida, precisa de intervenção.

A lista continua com o foco na cura do umbigo do animal recém-nascido, complementada pela vermifugação, além da separação do bezerro no chamado “pasto-maternidade”. O controle parasitário é a quarta dica e envolve a eliminação de carrapatos, moscas-do-chifre e bernes. O rol de ações se fecha com uma rotina de inspeções que eliminem riscos, tais como a presença de plantas que possam intoxicar o gado.

Atenção aos três principais riscos que afetam a sobrevivência dos bezerros

Roulber Carvalho, gerente técnico e de marketing da Boehringer Ingelheim, resume as três doenças que podem matar o bezerro, em uma matéria do site Giro do Boi. São elas: as diarreias, como o curso negro, a pneumonia e outras doenças respiratórias, e a junta inchada, ocasionada pela cura inadequada do umbigo.

A diarreia pode surgir já nas primeiras semanas de vida, devido à fragilidade do sistema imunológico, e é um dos grandes problemas que afetam a sobrevivência de bezerros. Dentre as doenças mais perigosas está o curso negro, que pode atacar bezerros de um a seis meses de idade. Já as Doenças Respiratórias em Bovinos (DRB) são um complexo de infecções que podem ser causadas por vírus ou bactérias. A junta inchada, chamada de poliartrite infecciosa, é complicada, mas também pode ser combatida.