tecnologia no agro

Pesquisa mostra que agronegócio precisa avançar em tecnologia

Tecnologia no agro: estudo feito pela TOTVS mostrou que apenas 19% das empresas do setor têm maturidade digital

Redação

em 15 de março de 2024


Um levantamento feito pela empresa de tecnologia TOTVS, juntamente com a h2r insights & trends, mostrou que o setor do agronegócio faz uso moderado de sistemas de gestão integrados e tecnologias complementares. O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) geral do segmento ficou em 0,58, em uma escala de 0 a 1, sendo que apenas 19% ficaram com IPT acima de 0,75, demonstrando maturidade no uso de tecnologias.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 350 pessoas, entre proprietários e profissionais de alta gestão de empresas do setor com faturamento acima de R$ 20 milhões, em segmentos como produção de sementes, comercialização, multicultura, pecuária, agroindústria, bioenergia e processamento e beneficiamento. 41% delas são empresas de grande porte, 29% de médio e 21% de pequeno porte. Em relação à região que se encontram, 51% estão no Sudeste, 33% no Nordeste, 21% no Centro-Oeste, 15% no Sul e 7% no Norte do Brasil.

Incertezas na jornada digital

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“Existe, sim, um avanço em relação a outros segmentos da economia. Mas ao mesmo tempo, observamos uma incerteza no que diz respeito aos próximos passos da digitalização”, declarou Fabrício Orrigo, diretor de produtos de Agro da TOTVS, em release à imprensa. 

Em sua visão, a transformação digital é uma oportunidade para as empresas alavancarem a produtividade e obterem melhores resultados da operação. “Sistemas de gestão e produção estão entre as ferramentas que mais contribuem para transformar a forma como as empresas agrícolas operam, gerenciando recursos, otimizando processos e maximizando os resultados”, completou. 

Dentre os segmentos analisados, a maior média no IPT veio da área de bioenergia, que obteve 0,67, seguida por produção de multicultura com 0,64. Processamento e beneficiamento, comercialização, agroindústria e pecuária flutuaram na média, variando de 0,54 a 0,57. 

O estudo apontou que mais de 80% das empresas usam sistemas para gestão de custos, contratação de fornecedores e mão de obra rural, além de monitoramento e controle de pragas. Porém, apenas 65% utilizam soluções para controle meteorológico e 48% para inventário florestal. Além disso, somente 46% utilizam sistemas para segurança e rastreamento da produção. 

Quanto à integração de tecnologias, o levantamento mostrou que existe um déficit. 69% dos entrevistados afirmaram não possuir soluções que utilizam Inteligência Artificial (IA), 58% não contam com um portal agrícola para centralizar informações e demandas e 49% não utilizam ferramentas de telemetria.