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Alimentos plant-based ganham espaço no mercado

Alimentos produzidos à base de vegetais ou cultivados em laboratório começam a atrair a atenção dos consumidores – inclusive aqueles que ainda consomem proteína animal

Redação

em 6 de fevereiro de 2024


O leque de produtos para o público vegano e vegetariano está cada vez maior e, muitas pessoas, mesmo ainda consumindo proteínas animais, já se interessaram pela inovação. Afinal, tais produtos, conhecidos como alimentos plant-based, são uma alternativa para ampliar o cardápio e, também, para reduzir o consumo de derivados animais. 

“Nossos times de inovação e P&D enxergaram o potencial de levar vegetais em formatos saborosos e práticos, para um público mais abrangente”, disse Marcel Sacco, vice-presidente de marketing e novos negócios da BRF, ao jornal Valor. Segundo ele, as opções de alimentos vegetais processados lançados pela BRF têm atraído não apenas os consumidores que não se alimentam de proteínas animais, mas uma variedade mais ampla de pessoas.

“Boa parte desse público é adepta do chamado flexitarianismo”, explicou, mencionando que o interesse vem desde a necessidade de variar a alimentação, com praticidade, até preocupações relacionadas à sustentabilidade e ao meio ambiente.

Vale destacar que, dentre os consumidores de alimentos plant-based, existem duas tendências: aqueles que optam por produtos com sabor e textura similar à proteína animal e os que preferem produtos com sabor vegetal. Sacco destaca que o novo portfólio da BRF tem produtos específicos, que agradam aos dois públicos. 

Plantplus Foods resulta de parceria com BRF e Marfrig

De olho nesta tendência de consumo, a BRF estabeleceu uma parceria com a PlantPlus, uma foodtech criada em 2020 pela Marfrig, em sociedade com a líder global em nutrição ADM. Na linha de produtos estão desde hambúrgueres e nuggets produzidos com soja e ervilha até vegetais congelados frescos ou em outros preparos (como couve-flor empanada).

Sacco considera que, com a parceria da Plantplus, tais produtos (da linha Veg&Tal, da Sadia) devem alcançar um público maior e atender à diversidade tanto de paladar quanto nutricional. “Vamos oferecer o portfólio plant-based mais completo do mercado e que certamente vai agradar o brasileiro”, ressaltou, mencionando que até mesmo uma versão de manteiga plant-based integra o portfólio do Grupo.

A parceria entre BRF e Marfrig fortalece ambas as marcas em um segmento (plant-based) que deve crescer mais de sete vezes até 2030, segundo estimativa da ADM, o que significa um crescimento dos atuais US$ 4 bilhões para cerca de US$ 30 bilhões ao ano.