Foto: Cadu Gomes / Flickr Vice-Presidência da República
pecuaria sustentavel
Foto: Cadu Gomes / Flickr Vice-Presidência da República

Marfrig Verde+ comemora 1000 dias em evento com autoridades

Encontro reúne ecossistema do agronegócio para discutir pecuária sustentável

Redação

em 2 de maio de 2023


O ecossistema do agronegócio se reuniu em São Paulo no último dia 27 de abril para discutir como o Brasil pode amplificar o conceito de pecuária sustentável e assumir o protagonismo nessa área, em nível mundial. O encontro intitulado Pecuária: Tendências e Oportunidades também comemorou os 1000 dias do Programa Marfrig Verde+, lançado em 2020 com a missão de tornar a cadeia de fornecimento da companhia mais sustentável e livre de desmatamento até 2025, na Amazônia, e em 2030, nos demais biomas.

No primeiro caso, a data limite poderá ser antecipada em um ano, segundo Marcos Molina, fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig. O executivo abriu o evento, destacando a pecuária sustentável, livre do desmatamento, entre outras características, como um diferencial de posicionamento da produção de carne brasileira.

Molina lembrou que, no caso da Marfrig, 100% da cadeia direta de fornecedores na Amazônia opera em área livre de desmatamento. O avanço continua na cadeia indireta, onde a a Marfrig conseguiu números impressionantes: 72% dos fornecedores indiretos atuam em áreas livres de desmatamento na Amazônia. No Cerrado, o percentual é de 71%. Nos dois casos, os índices são resultado de uma série de ações do Programa Marfrig Verde+, cujo balanço foi apresentado pelo diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig.

Marcella Molina, membra do Comitê de Sustentabilidade da empresa, também destacou as iniciativas, representando a nova geração do agronegócio, ao lado de Laura Aufiero, da fazenda Monte Fusco, outra palestrante do encontro.

Brasil deve ser protagonista da pecuária sustentável

O posicionamento do Brasil como protagonista mundial da pecuária sustentável foi defendido não somente por Marcos Molina, como também por Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Ele destacou as recentes restrições da Comunidade Europeia em relação ao agronegócio não sustentável, como fornecedor dos países que fazem parte da região.

Co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU Izabella Teixeira

Já a ex-ministra do Meio-Ambiente e atual co-chair do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU, reforçou que o país tem todas as condições de produzir alimentos, tendo a natureza como aliada. Entre os vários dados citados pela especialista, está o fato de que o orçamento da Embrapa, um dos grandes indutores do agronegócio, ser maior do que o da FAO, a instituição da ONU ligada à alimentação e agricultura.

O ponto de vista da ministra foi validado por Rui Mendonça, CEO da Marfrig, que lembrou o grande potencial da pecuária brasileira como parte do agronegócio de baixo carbono. Segundo o executivo, a busca desse objetivo passa pela inclusão da cadeia de fornecimento e não pela exclusão. Ele citou como exemplo a reinserção de 3.036 fazendas como fornecedores da Marfrig nos últimos três anos, como parte do Programa Marfrig Verde+.

Rastreabilidade da pecuária em discussão

O evento teve ainda um painel especial sobre rastreabilidade e pecuária, coordenado por Roberto Waack, membro do Conselho de Administração da Marfrig. Com vários atores que fazem parte do ecossistema do agronegócio, o debate foi apresentado para o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Os dois políticos fecharam o evento e reforçaram a disponibilidade do governo federal em ser parceiro do movimento de integração para a meta de pecuária sustentável. “O Brasil é extremamente competitivo na produção de proteína animal e está vocacionado para isso”, afirmou Alckmin. “Podem contar conosco”.