Startup dos EUA cria energia renovável a partir de esterco bovino

Os resíduos do gado podem se transformar em uma fonte limpa de eletricidade. A startup norte-americana Vanguard Renewables usa esterco e restos de alimentos para criar energia renovável, sem emissão de carbono. A partir do processo de digestão anaeróbica, a empresa consegue gerar gás natural a partir do resto deixado por animais. A companhia atua com fazendas leiteiras e varejistas de alimentos nos Estados Unidos. 

Metano do bem

A tecnologia usada pela Vanguard Renewables usa os digestores, que contam com bactérias anaeróbicas. Tais bactérias não emitem e nem usam oxigênio para reduzir os resíduos em gás metano. De maneira prática, isso significa que eles conseguem retirar o metano, sem precisar gerar gás carbônico, que faz mal para o meio ambiente.

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Neste caso, o gás metano é canalizado para ser utilizado como energia elétrica. A tecnologia em si não é nova. O que a startup faz é levar os biodigestores para dentro de fazendas e transformá-las em um espaço gerador de energia renovável e limpa. Atualmente, a companhia já tem 10 digestores pelos Estados Unidos e planeja aumentar para 140. 

De acordo com reportagem da revista Forbes, o produtor de leite não tem custo de capital inicial, não tem que desempenhar nenhum papel na operação da planta, exceto coletar e entregar o esterco, recebe uma renda mensal de arrendamento e, em seguida, o fertilizante digerido e a cama.

Esterco, energia renovável e mais fertilizantes

Além de gerar o gás natural, a companhia ainda consegue fazer um fertilizante sem odor que pode ser incorporado ao solo. Assim, o produtor rural ainda pode diminuir a compra de fertilizante sintético, o que diminui a pegada de carbono da produção da fazenda com o tempo.

Outra parte do modelo de negócios da Vanguard é a conexão com empresas que têm problemas com desperdício de alimentos. A companhia tem instalações de reciclagem de resíduos orgânicos especificamente para processar esses tipos de restos de alimentos que passaram do vencimento e não são bons para consumo humano.  

Até agora, a companhia reciclou mais de 1,7 milhão de toneladas de resíduos orgânicos e conseguiu produzir o bastante para fertilizar mais de 25 mil de hectares de terra cultivada.