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Proteína bovina é chave na segurança alimentar, mostra Universidade de Columbia 

Universidade de Columbia discute o papel central da proteína bovina nas cadeias alimentares e cria rede para dietas saudáveis e sustentáveis

Redação

em 27 de março de 2023


A famosa instituição de ensino e pesquisa norte-americana quer desenvolver uma base de evidências para um debate maduro sobre sistemas alimentares baseados em proteína animal. A estratégia da Universidade de Colúmbia reúne um grupo interdisciplinar com foco em dieta saudável e sustentável. Um dos resultados mais recentes da empreitada é a pesquisa Food for Humanity: Network on Healthy and Sustainable Food Systems

De acordo com o documento, os sistemas de produção de carne de ruminantes, baseados em pastagem, foram responsáveis pelas maiores emissões de gases de efeito estufa (GEE) no uso da terra. Essa descoberta ajuda, por exemplo, a determinar o escopo dos serviços que os diferentes alimentos derivados do gado fornecem (nutricional e valor econômico), ao mesmo tempo em que aponta o caminho para sistemas de produção que minimizem os impactos ambientais negativos.

Proteína bovina na prática, segundo Universidade de Columbia

Na prática, o esforço da rede de pesquisadores mostra outros dados importantes, como o fato de a avicultura fornecer a proteína de maior qualidade nos 20 países com os maiores índices de insegurança alimentar, bem como nos 20 países com as maiores taxas de anemia em mulheres em idade reprodutiva. Já a carne bovina fornece as maiores quantidades de ferro na alimentação desses países. E mais: nos 20 países com maior participação da força de trabalho na agricultura, o leite bovino tem o maior valor de produção. 

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Entre as conclusões dos pesquisadores está a indicação de que as intervenções de sustentabilidade, dentro dos sistemas de proteína são mais prováveis de serem bem-sucedidas se aplicarem uma abordagem holística e sistêmica. Ou seja, elas precisam levar em conta as interações complexas e regionalmente definidas entre diferentes sistemas de produção de alimentos. 

Os pesquisadores também defendem a ideia de que os esforços para promover um sistema de consumo e uma produção de proteína mais ambientalmente sustentáveis devem considerar os impactos na segurança alimentar, nutrição e meios de subsistência. 

Segundo eles, os governos devem desempenhar um papel ativo na gestão da transição de proteínas por meio de engajamento das partes interessadas, funções de modelagem de mercado e o estabelecimento de marcos regulatórios e institucionais. 

Outra avaliação da equipe multidisciplinar da Universidade de Columbia é que os pesquisadores e formuladores de políticas devem considerar os impactos potenciais do dióxido de carbono e das mudanças climáticas no planejamento de sistemas futuros de produção de proteínas. 

Rede interdisciplinar

A rede de estudos da instituição americana, denominada Healthy and Sustainable Food Systems Network, é co-liderada por Jennifer Woo Baidal (Vagelos College of Physicians and Surgeons at Columbia University Irving Medical Center) e Walter Baethgen (International Research Institute for Climate and Society), e está focada em combater os principais desafios da agricultura e sistemas alimentares.

Um de seus objetivos é envolver professores, pesquisadores e alunos de toda a universidade para juntar áreas como nutrição e saúde, clima, economia, comportamento humano, política, equidade e vulnerabilidade. “Espera-se que o trabalho contribua para o estabelecimento e desenvolvimento dos temas relacionados à alimentação da Columbia Climate School”, diz o comunicado oficial da universidade, que destaca o objetivo de resolver problemas do mundo real.