Nova Zelândia tem plano para taxar gás metano emitido por gado

Dinheiro arrecadado pela taxa vai ser usado para financiar novas tecnologias e incentivo para Nova Zelândia reduzir emissão de metano

Redação

em 26 de dezembro de 2022


A Nova Zelândia tem plano para tributar a emissão de metano do gado do país. O projeto faz parte do objetivo do país de combater a mudança climática. A taxa seria a primeira do mundo e deve funcionar num sistema de incentivo, dando dinheiro de volta para o agronegócio investir em tecnologias novas e carbono zero.

O metano é o segundo maior gás de efeito estufa e é mais danoso que o dióxido de carbono. As iniciativas para reduzir a emissão de metano por parte dos bois já estão em curso por parte das empresas agropecuárias. Medidas como adição nutricional e melhor gestão dos animais para diminuir a produção entérica do gás.

Nova Zelândia contra o metano

De acordo com a BBC, a Nova Zelândia tem cerca de 10 milhões de bovinos e 26 milhões de ovinos, um número bem maior do que a população do país, que gira em torno de 5 milhões de pessoas. Quase metade das emissões totais de gases de efeito estufa do país vem da agricultura — principalmente de metano.

 “Não há dúvida de que precisamos reduzir a quantidade de metano que estamos colocando na atmosfera, e um sistema eficaz de precificação de emissões para a pecuária desempenhará um papel fundamental em como conseguiremos isso”, disse o ministro de mudanças climáticas da Nova Zelândia, James Shaw, em entrevista à BBC.

Novas tecnologias para a carne carbono zero

A proposta diz que os pecuaristas terão que pagar por suas emissões a partir de 2025. Aqueles que conseguirem reduzir a emissão de metano receberão incentivos financeiros e cortes nas taxas. A busca pela carne zero carbono move o agronegócio em todo o mundo e, para os políticos da Nova Zelândia, pode receber um incentivo com a taxação. 

A primeira-ministra neozelandesa, Jacinda Arden, afirma que todo o dinheiro arrecadado com a taxa será voltado para a indústria investir em novas tecnologias, pesquisas para reduzir ainda mais a emissão de carbono do gado.

“Os agricultores da Nova Zelândia devem ser os primeiros do mundo a reduzir as emissões agrícolas, posicionando nosso maior mercado de exportação para a vantagem competitiva que traz um mundo cada vez mais exigente sobre a proveniência de seus alimentos”, disse Ardern. como reproduzido na Exame.

O plano do governo é aprovar essa proposta em 2023 e introduzir o imposto em três anos.